Lean Coffee #5 – Outubro 2012

Quinto Lean Coffee SP - Setembro de 2012

Quinto Lean Coffee SP – Setembro de 2012

Realizamos o quinto Lean Coffee São Paulo neste  sábado, dia 20/10/2012.

Alguns assuntos que discutimos:

Quando o auto-gerenciamento torna-se um problema
Discutimos o problema de equipes que parecem não fazer bom uso de seu papel gerencial. Um exemplo citado foi de uma equipe trabalhando com Scrum que não desenvolvia as histórias de usuário na ordem de prioridade estabelecida pelo Product Owner e por vezes concluía a iteração sem entregar as principais histórias do Sprint backlog.
Alguns pontos sugeridos foram o de criar políticas explícitas para que as histórias fossem atacadas em ordem de prioridade, utilizar metas de Sprint, intervir caso a equipe não possua maturidade suficiente e voltar a ceder a gestão assim que a equipe estiver pronta.

O PMBok e o Agile
A proposta do tema era saber se haveria incompatibilidade entre os conhecimentos e as recomendações do PMBok e as práticas e princípios do Agile. Pareceu-nos que o PMBok em si não é incompatível com o Agile, mas há uma tendência das pessoas que o utilizam de ter um foco excessivo em evitar falhar “avoid failing” com super planejamento enquanto o Agile parece ter uma visão mais no sentido de “fail fast”.

Contratos Ágeis
A ideia era saber a percepção de todos sobre os principais tipos de contratos ágeis:

  • Fixed Price – Apesar de parecer vantajoso para o cliente, pois todo o risco deve ser assumido pelo fornecedor, há problemas sérios: o custo de qualquer alteração é alto, o custo do risco já está embutido no preço e por fim o cliente em geral corre o risco de não ter o que desejava.
  • Time & Materials – Este tipo de contrato dá total liberdade ao cliente para gerenciar o escopo de maneira muito flexível, mas o custo tende a ser alto. Também não parece haver qualquer incentivo para que o fornecedor seja eficiente, pois quanto mais o contrato demorar, melhor é para o fornecedor. Algo que costuma acontecer nesse tipo de contrato é a criação de toda uma estrutura para controlar o fornecedor, que adiciona um custo gerencial muito alto e um desgaste na relação.
  • Cost + Fixed Fee / Cost + Incentive fee – Nesse tipo de contrato levanta-se qual o custo (sem lucro) do fornecedor, que será sempre coberto pelo cliente, ou seja, o risco é mitigado para o fornecedor. No caso do Fixed Fee, no momento da entrega, o cliente remunera o fornecedor com um valor preestabelecido (o lucro do fornecedor). Já no Incentive fee, determinam-se algumas regras (métricas) que tornam o incentivo variável de acordo com o desempenho do fornecedor.
    Esse tipo de contrato nos pareceu bastante interessante, mas deve-se tomar cuidado com as métricas selecionadas.
  • Target Cost – Não entramos em detalhes
  • Multistage Contracts – Não entramos em detalhes

Intervenção da Gerência na equipe
A discussão aqui foi saber o que fazer quando ocorre a intervenção da Gerência em alguma equipe. Em equipes atuando com Scrum, o Scrum Master deveria proteger a equipe de intervenções internas e a equipe poderia ajudar direcionando o problema para o SM, caso o contato fosse direto.

Mais de um Product Owner para uma equipe
Foram citados dois casos em que havia mais de um “PO” para uma mesma equipe. Em ambos os casos isso ocorria devia à especialização demandada em cada frente de trabalho. Os casos, porém eram distintos: em um deles, foi criada uma política explícita para regrar a entrada no fluxo das demandas de cada frente, no segundo havia um PO único para priorizar, mas múltiplo para fazer as aceitações. Apesar de haver uma tendência de entendimento de que esse deveria representar a interface única para a equipe de desenvolvimento, esse ponto não ficou fechado.

Um papo sobre confiança no fornecedor e manter clima refletido na equipe
Mais um assunto hoje envolvendo relação com fornecedor. O caso citado não tinha equipe de desenvolvimento interna e houve em algum momento um questionamento sobre o desempenho do fornecedor. Foi realizado um trabalho por parte do gerente do projeto/Scrum Master para verificar o que provocava essas percepções e então atuar sobre isso. Com reuniões diárias (remotas) e melhoria na comunicação, as desconfianças foram vencidas.

Como avaliar a equipe e o individual
Este assunto já surgiu no Lean Coffee #4 – “Medidas de produtividade individual – Como  premiar o esforço extra sem perturbar o coletivo”

Obrigado a todos que participaram do evento, afinal foram vocês que o fizeram possível. Parabéns a todos!
Como o próximo 3o sábado do mês será no dia 17/11, um feriado prolongado, o próximo LeanCoffeeSP está programado para dia 24/11/12, no mesmo horário e local (rua Sumidouro, 555, perto do metrô Pinheiros, das 9:30 às 11:00, na padaria Velmont Grill)

Sejam sempre muito bem-vindos!

Nossa hashtag: #LeanCoffeeSP